Cidades inteligentes: tecnologia e novos ecossistemas

As cidades inteligentes saíram dos filmes de ficção científica há muito tempo e já fazem parte de nossa realidade. Se nos últimos meses você ouviu falar da Akon City, projeto urbanístico bancado por Akon, cantor estadunidense, que pretende criar a “Wakanda da vida real” em Senegal, na África, e que viralizou na internet, você já está mais ou menos por dentro do assunto.

Soluções inovadoras aplicadas nos espaços urbanos e pautadas no uso de Internet das Coisas (IoT) estão ganhando força. Assim, as cidades inteligentes estão encontrando meios de se expandirem rapidamente.

Essa expansão acompanha o crescimento das cidades em todo o mundo. Para efeito de comparação, em 2008 mais da metade da população estava vivendo em cidades. Com mais 70 milhões de pessoas se integrando a áreas urbanas a cada ano, a expectativa é de que, em 2050, sete em cada dez pessoas vivam nas cidades (uma relação de quase 70%).

Não é novidade que o ritmo da urbanização tende a aumentar – no Brasil, por exemplo, desde a década de 1950 o número de habitantes vivendo em cidades cresceu vertiginosamente. Com isso, em pouco tempo, muitos países no mundo terão graves dificuldades de atender às demandas das pessoas sem sobrecarregar os seus recursos.

Nesse cenário, é fato que cidades de países populosos e em constante crescimento urbano já enfrentam e continuarão enfrentando dificuldades em habitação, mobilidade urbana, sistemas de energia, distribuição de água e outros tipos de serviços básicos essenciais à vida urbana.

Em outra ponta, a geração de empregos e a garantia de acesso a direitos básicos como saúde e educação, também serão impactados, comprometendo muito a qualidade de vida da população.

Por isso, as cidades inteligentes são grandes exemplos de comunidades que desenvolvem novas práticas sustentáveis que colocam pessoas e meio ambiente em sincronia.

A tecnologia nessas cidades facilita a criação de novas soluções que aumentam a qualidade de vida das pessoas sem deixar de lado a natureza, freando os efeitos negativos da urbanização.

Mas afinal, o que são cidades inteligentes?

Cidade inteligentes: mais tecnologia, segurança e sustentabilidade

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Já imaginou viver em um local onde tudo é conectado?

Cidades inteligentes (também conhecidas como cidades digitais) são aquelas que usam tecnologias inteligentes para melhorar o dia a dia das pessoas. Nesses locais as Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) têm um papel fundamental.

Tudo é interconectado por uma rede de sistemas, máquinas, dispositivos e objetos inteligentes. A conexão ampla permite ao mesmo tempo a coleta massiva de dados, que são processados por sistemas e transformados em informações valiosas que identificam padrões de consumo, de deslocamento e, de forma geral, de comportamento dentro das áreas urbanas.

Quando bem utilizadas, as informações geradas auxiliam na oferta e prestação de serviços, buscando a melhora, por exemplo, da oferta de transporte coletivo ou dos serviços de segurança pública.

Esse processo auxilia na tomada de decisões por parte dos agentes públicos visando aprimorar a gestão urbana. Os ganhos são vários: a cidade se desenvolve impactando a qualidade de vida da população por meio do manejo adequado dos recursos disponibilizados para a população.

Como o conceito de cidades inteligentes é amplo, foram identificados seis pilares que caracterizam cidades inteligentes:

1. Economia Inteligente (competitividade)

Inovação, produtividade, flexibilidade e menos barreiras internacionais.

2. Pessoas Inteligentes (capital social e humano)

Participação na vida pública, pluralidade, criatividade e combate às desigualdades.

3. Governo Inteligente (participação)

Participação na tomada de decisões, serviços públicos e sociais, transparência, estratégias e perspectivas políticas.

4. Mobilidade Inteligente (transporte)

Acessibilidade, infraestrutura tecnológica e sistemas de transporte inovadores, sustentáveis e seguros.

5. Meio Ambiente Inteligente (recursos naturais)

Atenção às condições naturais, poluição, proteção ambiental e gestão sustentável de recursos.

6. Vida Inteligente (qualidade de vida)

Saúde, segurança, habitação, educação, turismo atrativo e integração social.

Por que as cidades inteligentes são necessárias?

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Quando pensamos no total de pessoas que habitam a Terra, no impacto que produzimos no meio ambiente, as conclusões podem ser assustadoras.

Como apontado anteriormente, o crescimento da população mundial tem levado mais pessoas para as cidades.

Por isso, alcançar um ponto de equilíbrio, ou melhor, desenvolver políticas que incentivem o crescimento sustentável das cidades, é urgente. A sustentabilidade, seja ambiental, social ou econômica, é necessária para que a urbanização não sobrecarregue os recursos naturais e os serviços disponíveis nas cidades, visto que vários lugares no mundo já sofrem com crises de superpopulação e gestão de recursos. E as tecnologias das cidades inteligentes estão facilitando essa dinâmica.

Com novas tecnologias em IoT e Inteligência Artificial (AI), as cidades inteligentes solucionam problemas relacionados à qualidade de vida cada vez mais rápido. Como ponto central dessas tecnologias, temos o planejamento para que exista uma utilização ideal de espaço e recursos que beneficie a todos da mesma forma, diferente de como nossos sistemas agem hoje.

Além disso, a conectividade entre pessoas e governo também é facilitada. Nos modelos de cidades inteligentes, a comunicação entre o poder público e a população é contínua.

Em resumo, a grande vantagem final de cidades inteligentes é a prestação de serviços aos cidadãos com menos custo e a oferta de uma infraestrutura planejada de acordo com as necessidades e em constante melhora.

Conheça 10 benefícios das cidades inteligentes

A tecnologia muda tudo. A conectividade sem fio e as soluções em IoT têm transformado itens cotidianos da nossa vida em plataformas mais funcionais e inteligentes. Conheça de forma mais detalhadas alguns benefícios que podem ser alcançados com o desenvolvimento de cidades inteligentes:

1. Tomada de decisão assertiva e baseada em dados

Cidades Inteligentes bem planejadas e com estratégias de análise de dados eficazes podem acessar e processar de forma ágil uma grande quantidade de informações.

Essas informações podem ser muito úteis quando disponibilizadas aos gestores municipais, , que podem analisar métricas e tomar decisões que aumentem significativamente os níveis dos serviços oferecidos à população.

Ter mais informações significa diminuir tempo para desenvolvimento de políticas públicas e redução de custos com soluções que oferecem melhor retorno para a população.

2. Mais participação das pessoas e do governo

A tecnologia muda a forma como as pessoas se relacionam com a cidade e com seu governo.

Cidades com infraestruturas digitais modernas, aplicativos móveis mais inteligentes, sites intuitivos e ferramentas de colaboração conectam pessoas, governo e serviços.

Com maior transparência de dados, participação digital e presença nas mídias sociais, o governo consegue ampliar sua relação com as pessoas.

Isso fomenta o engajamento cívico e deixa mais pessoas confiantes nas autoridades da cidade.

3. Comunidades mais seguras

Muitas cidades já investem em tecnologia inteligente para otimizar a segurança em suas comunidades.

Tecnologias de reconhecimento de placas de veículos, detectores de armas de fogo, centrais de dados interconectadas e câmeras inteligentes fazem parte de novas estratégias de segurança.

Cidades como Detroid, nos Estados Unidos, investiram em novas tecnologias e parcerias com instituições privadas, criando soluções como um sistema de vídeos em nuvem, permitindo que policiais tenham acesso a imagens de câmeras de segurança em tempo real.

4. Redução de impactos ambientais

Cidades inteligentes fazem parte da corrida pela recuperação do planeta. E novas soluções em tecnologia como fontes de energia renováveis e sensores de qualidade do ar já têm feito a diferença.

Esses sensores, por exemplo, são responsáveis por fornecer informações sobre a qualidade do ar e identificar fontes de poluição. Depois disso, com dados em mãos, as pessoas criam planos de ação que neutralizam essas ameaças.

5. Mais mobilidade

Os investimentos em mobilidade urbana não param, assim como a crescente urbanização. A cada dia que passa, torna-se mais difícil encontrar saídas que otimizem o transporte em grandes cidades.

Sistemas de transporte conectados são alternativas para melhorar radicalmente a eficiência da mobilidade em cidades.

Sinais de tráfego inteligentes otimizam o fluxo de veículos e aplicativos móveis permitem que pessoas tenham acesso à localização de veículos de transporte público em tempo real.

Outras soluções como sistemas de carros autônomos e o gerenciamento inteligente de estacionamentos reduzem o número de veículos em circulação e sanam necessidades de espaço em áreas urbanas.

6. Participação digital igualitária

A tecnologia tem a capacidade de desenvolver ambientes mais igualitários.

E isso é possível com acesso a internet de alta velocidade, pontos de Wi-Fi públicos disponíveis em locais estratégicos e outras medidas que facilitem a participação de pessoas no ecossistema da cidade.

Como exemplo, a cidade de Seattle, EUA, tem um plano de ação que visa treinar habilidades, garantir a disponibilidade de dispositivos e facilitar a conexão à internet para todos, com baixo custo.

7. Novos caminhos para o desenvolvimento econômico

Investimentos públicos em tecnologia dentro de cidades inteligentes fazem o crescimento econômico disparar – e muita gente já percebeu isso.

Muitas empresas privadas se atentaram à oportunidade e fecharam parcerias com governos para grandes investimentos em inovação e tecnologia em cidades inteligentes.

Além da disponibilidade de dados que ajudam diversas organizações a crescerem de forma consciente, essas empresas também viram a oportunidade de monetizar soluções que fazem diferença na vida das pessoas.

Esses investimentos estão elevando a competitividade global e atraindo mais empresas e pessoas para cidades inteligentes.

8. Serviços públicos mais eficientes

Além de criar novas formas de monetização, a tecnologia também é uma saída para reduzir com eficiência o desperdício de recursos valiosos, como água e energia.

Novos sistemas de eletricidade inteligentes identificam horários de pico no uso de energia e possíveis interrupções no serviço. Algo parecido acontece no fornecimento de água.

Sensores inteligentes identificam rapidamente vazamentos em qualquer lugar, direcionando uma equipe de reparos que pode agir com rapidez, reduzindo significamente o desperdício.

9. Infraestrutura em outro nível

Estradas, edifícios históricos, pontes e outras estruturas de uso constante geralmente precisam de grandes investimentos para serem preservadas.

A tecnologia em cidades inteligentes permite que análises prévias dessas estruturas sejam feitas. Assim o governo pode trabalhar em inspeções e melhorias antes que uma falha estrutural apareça.

Um exemplo é a implantação de sensores que identificam problemas em estruturas físicas e emitem sinais para que as equipes responsáveis ajam com antecedência.

Isso economiza uma grande quantidade de recursos e ajuda a evitar falhas e acidentes.

10. Mais engajamento e força de trabalho

Para que uma cidade inteligente seja eficiente precisa de uma grande carga de trabalho. Novas tecnologias ajudam na distribuição desses serviços, simplificando as tarefas manuais que as pessoas precisam enfrentar diariamente.

Com a ajuda de dispositivos autônomos, bots e outras ferramentas, as pessoas podem direcionar seus esforços e seu tempo para ações mais estratégicas.

As cidades inteligentes têm o potencial tecnológico para transformarem o trabalho, simplificando processos manuais e alavancando o potencial de pessoas.

Cidades inteligentes também podem ser monetizadas?

Atualmente, como efeito do grande avanço nas tecnologias de comunicação, as informações produzidas e que trafegam nas redes têm muito valor. Quando pensamos nos sistemas das cidades, eles devem ser aliados a soluções em IoT que beneficiarão a todos os sujeitos envolvidos na cadeia de geração e processamentos de dados.

Baseando-se nos princípios da economia de recorrência, os recursos de software por assinatura ajudam todos os contribuidores do sistema a conseguirem valor pela sua participação. Exemplos disso seriam cidades inteligentes que oferecessem assinaturas acessíveis para frotas de veículos compartilhados, o que diminuiria drasticamente o tráfego e incentivaria o compartilhamento de viagens.

Alinhando todas as vantagens de cidades inteligentes com a monetização de software, todos os participantes do ecossistema podem ter uma experiência ainda melhor.

3 tendências globais inteligentes para os próximos anos

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1. Tecnologia de voz na saúde

De acordo com o US Smart Speaker Consumer Adoption Report de 2019, o número de assistentes de voz em atividade – como Siri da Apple e Alexa da Amazon – pode chegar a 500 milhões até 2023.

Esses dispositivos e outras tecnologias IoT, antes aplicadas em maior número nos ambientes domésticos, também já fazem parte de escritórios e outros locais de trabalho. Nesses novos lugares, o propósito é aumentar a produtividade e garantir o acesso à informação com a ajuda de um só dispositivo.

Um exemplo de aplicação de assistentes por voz foi o movimento identificado em 2020, quando chatbots movidos a Inteligência Artificial e assistentes virtuais participaram da luta contra a COVID-19. Chatbots ajudaram na triagem e realização de testes de pacientes enquanto assistentes de voz orientavam pessoas sobre a doença e indicavam aplicativos de saúde.

Essas tecnologias fizeram com que serviços de saúde se tornassem mais acessíveis para pessoas que precisavam manter o isolamento social durante a pandemia.

Um estudo feito pela Voicebot.ai indicou que 51,9% dos consumidores de assistentes de voz estão interessados em usar a tecnologia para pesquisas sobre saúde. Deles, 19,1 milhões de consumidores já o fizeram.

Beneficiando-se desse movimento, muitas empresas de saúde nos Estados Unidos estão aliando as funcionalidades de assistentes de voz aos seus serviços, como a Mayo Clinic, o Boston Children’s Hospital e muitas outras.

2. Segurança do paciente e hospitais inteligentes

A segurança dos pacientes que fazem uso de medicação é muito discutida. Com a rastreabilidade de medicamentos, profissionais de saúde do mundo todo garantem a segurança de pessoas.

Profissionais podem digitalizar dados em um registro em nuvem e ter acesso a informações importantes, como instruções e dosagens específicas de medicamentos para determinado paciente.

Com soluções em serialização e rastreabilidade, como as desenvolvidas pela TrackTraceRX, dispositivos móveis como smartphones ajudam na rastreabilidade, provam a autenticidade de produtos e consultam a sua conformidade regulatória, com a ajuda de Sistemas de Visão e Realidade Aumentada (AR).

Aliando o dispositivo a um aplicativo de digitalização, como o RapidRX, um profissional da saúde consegue identificar com rapidez a identidade de um paciente, reduzindo o erro humano.

Essa mesma tecnologia possibilita que empresas do ramo da saúde possam verificar a identificação de pessoas e processos, por meio de códigos de barras e textos. Isso previne fraudes e garante a conformidade regulatória.

3. Incentivo ao turismo e à cultura

As possibilidades do turismo estão se transformando com o uso de novas tecnologias. Ao visitar um local, por exemplo, um turista pode utilizar ferramentas de realidade aumentada que permitem visualizar detalhes da cidade que não seriam possíveis de conhecer pessoalmente.

Exemplo dessa aplicação pode ser encontrado na cidade francesa Cluny, que já possui telas de Realidade Aumentada em suas áreas históricas e culturais. A proposta é ilustrar os ambientes com imagens históricas, as quais permitem acessar um passado que não se faz mais presente, ou seja, conhecer o como a cidade era ainda que tenha sido transformada ao longo dos anos.

Além disso, usando um smartphone e um ponto de Wi-Fi público, os turistas podem acessar informações sobre hotéis, alugar veículos, pesquisar sobre restaurantes e sobre pontos turísticos.

Cidades inteligentes não mudam sozinhas. Use sua voz.

Uma vez que as tecnologias e softwares tenham sido instalados nas cidades, seu crescimento se torna orgânico. Ainda assim, uma cidade só pode ser reconhecida como cidade se estiver habitada, se as pessoas utilizarem os serviços e ocuparem os espaços. Por isso, é fundamental que os cidadãos conheçam as possibilidades criadas a partir da implantação de ferramentas como as oferecidas pela TrackTraceRX.

Use sua voz! Pergunte, discuta, deixe um comentário!

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